Na hora de conceder um crédito habitação, os bancos têm em conta uma série de fatores para calcular os potenciais riscos de incumprimento e desvalorização dos imóveis hipotecados. E um deles tem ganho relevância nos nossos dias: a eficiência energética das casas. Foi por isso mesmo que Associação Portuguesa de Bancos (APB) e a ADENE resolveram avançar com um protocolo de cooperação, no qual vai ser partilhada informação sobre os certificados energéticos para “avaliar melhor o risco" dos créditos da casa. A ideia também passa por promover um financiamento mais sustentável no país.
Vai ser esta segunda-feira, dia 26 de fevereiro, que a ADENE e a APB vão assinar um protocolo de cooperação, que visa a partilha de dados e informações de ambas as partes, explicam em comunicado enviado às redações:
“O compromisso entre a ADENE e a APB vai permitir incentivar os bancos aderentes a oferecerem produtos e serviços financeiros mais sustentáveis, promover a transparência e o acesso à informação sobre a eficiência energética dos edifícios, e contribuir para a descarbonização da economia portuguesa”, explicam no documento.
Por isso mesmo, admitem que este protocolo “é um passo importante para o desenvolvimento de um mercado de financiamento sustentável em Portugal”, contribuindo para os objetivos da Estratégia de Longo Prazo para a Renovação Energética dos Edifícios (ELPRE), que prevê a renovação energética de 35% dos edifícios existentes em Portugal até 2030.