O mercado de arrendamento em Portugal continua sob forte pressão. Há falta de casas para arrendar para responder à elevada procura. E este desequilíbrio tende a agravar-se ainda mais num momento em que é mais difícil comprar casa própria, devido aos juros e preços das casas à venda em alta, a par da queda do poder de compra. Este contexto também tem alimentado as rendas das casas, que continuam em escalada - e vão poder subir até 6,94% no próximo ano -, pelo que encontrar casas no mercado de arrendamento a preços acessíveis é cada vez mais difícil, sobretudo nos grandes centros urbanos. E, por isso, assim que surgem casas para arrendar a preços convidativos tendem a desaparecer depressa, tal como mostram os dados mais recentes do idealista: 27% das casas arrendadas em menos de 24 horas através do portal imobiliário custavam menos de 750 euros por mês (euros/mês).
É bem visível que à medida que os intervalos de preços das casas para arrendar sobem, há uma redução da percentagem de arrendamentos expresso em Portugal – isto é, casas arrendadas em menos de 24 horas. Ora, 22% das casas arrendadas rapidamente custavam entre 750 e 1.000 euros/mês, 12% entre 1.000 e 1.500 euros/mês e 8% custavam mais de 1.500 euros/mês.
Olhando para o universo de casas arrendadas através do idealista durante o terceiro trimestre de 2023 - independentemente o valor da renda -, salta à vista que cerca de 17% dos negócios foram concretizados em menos de um dia, segundo se pode concluir da análise do idealista, o marketplace imobiliário do sul da Europa.